Nas últimas semanas, um escândalo no mundo da música com P. Diddy surgiu na mídia. O magnata do hip-hop americano, conhecido também como Puff Daddy.
Em março deste ano, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos invadiu uma das mansões de Sean John Combs, nome verdadeiro do músico, como parte de uma investigação que levou às acusações contra ele.
Esta casa, localizada no bairro de Holmby Hills em Los Angeles, está à venda agora por US$ 61 milhões. Nela e em outra propriedade de P. Diddy, que fica em Miami, a justiça americana encontrou centenas de frascos de óleo de bebê, lubrificantes, além de armas de fogo e munição.
Na propriedade de Los Angeles ocorreram grandes festas, inclusive com a presença de inúmeras celebridades. Fato que instigou especulações, se o que é descrito nas investigações ocorria em todas essas polêmicas festas.
Processo de acusações
A Promotoria de Nova York, que fez a acusação, alega que Combs liderava uma organização criminosa que facilitava o tráfico sexual, promoção de prostituição e associação ilícita. P. Diddy também teria coordenado eventos sexuais, nomeados como ‘freak-offs’. Nesses eventos, mulheres e homens eram coagidos a participar de atos sexuais, geralmente sob influência de drogas, e obrigados ainda a proteger sua reputação e ocultar sua conduta. Além disso, o músico também é acusado de agressão física e psicológica contra as vítimas.
Ainda não há o número exato de quantas pessoas o denunciaram até então. Porém, ao menos uma dúzia de pessoas já entraram com processos contra Sean J. Combs, sendo algumas inclusive na última semana.
Uma das denunciantes, Thalia Graves, alegou que, em 2001, P. Diddy e seu segurança a drogaram, amarram e estupraram, além de filmarem as agressões. Outra mulher, identificada como Jane Doe, disse que foi drogada e estuprada na casa de Los Angeles, citada anteriormente. Ainda relata que, ao acordar “seus pés estavam roxos e machucados e elas tinha uma marca de mordida no calcanhar”.
Em novembro de 2023, a ex-namorada de Combs, Cassandra ‘Cassie’ Ventura, o acusou de estupro e abuso sexual e um dos episódios foi, inclusive, filmado pela câmera de segurança de um hotel de Los Angeles. Desde então, diversas denúncias surgiram contra o músico, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
Histórico com celebridades
A rede de relacionamentos de P. Diddy no mundo da música é enorme e poderosa, além de ter namorado com Jennifer Lopez entre 1999 e 2001. Surgiram até algumas especulações de que outras celebridades estariam envolvidas ou sabiam, de alguma forma, o que acontecia nos eventos e seriam coniventes.
Entre os famosos que se tornaram alvo das especulações, estão Jay-Z e sua esposa Beyoncé, Usher, de quem é padrinho de carreira, dentre dezenas de outros artistas. Até Justin Bieber entrou na lista, pois surgiu um vídeo de quando ele tinha apenas 15 anos e dizia que iria passar 48 horas com P. Diddy, fazendo ‘coisas que não poderiam ser ditas’. Até o momento, não há provas decisivas que vinculem de fato as outras celebridades às acusações sofridas por Combs.
Além disso, outras especulações apareceram ligando o nome do músico à sequestros, incêndio criminoso e assassinato, porém ainda será investigado pela justiça americana.
Situação e defesa
Hoje, P. Diddy aguarda o julgamento em uma Unidade Especial no Centro de Detenção Metropolitano de Nova York, separado da população carcerária em geral. Existe grande chance de que ele pegue de 15 anos de cadeia, talvez até prisão perpétua, caso seja condenado culpado.
A defesa de Combs ainda não se manifestou categoricamente. Porém, seus advogados indicaram que contestarão todas as acusações para provar a inocência do músico.
Esta situação exposta com o caso de P. Diddy, coloca em evidência um lado obscuro do mundo do show business. Gera questionamentos sobre até onde vai a impunidade de quem tem poder, fama, dinheiro e influência.